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Klara Andersson, piloto da ABT CUPRA XE

Na sua terra natal, a Suécia, Klara Andersson está a conduzir o Tavascan XE sobre neve e gelo. Está a preparar-se para a sua estreia como piloto oficial da ABT CUPRA XE, a 11 e 12 de março na Arábia Saudita, no Desert X-Prix, o evento que dá início à nova temporada do Extreme E. Após a sua magnífica prestação como substituta nas duas corridas finais da edição do ano passado, esta jovem piloto estará de volta juntamente com Nasser Al-Attiyah, com quem já provou estar em grande harmonia, conquistando um pódio no Chile e a primeira vitória da equipa no Uruguai. Nesta entrevista, Klara conta a sua história e percorre a viagem que a tornou numa estrela em ascensão no desporto motorizado aos 23 anos de idade.

 

Klara Andersson, como é que começou no mundo das corridas?

O automobilismo sempre foi uma parte fundamental da minha vida. Juntamente com a minha irmã Magda, sou a terceira geração da minha família a praticar este desporto. Tudo começou com os meus pais - ambos competiram em rallycross quando eram mais novos e quiseram que eu tentasse go-karting quando tinha sete anos; e essa é a minha primeira memória de corrida. Desde então, o desporto motorizado tem sido a minha paixão.

 

Qual o impulso por detrás desta paixão?

Apaixonei-me imediatamente pela sensação da velocidade. Não consigo encontrar esta sensação de adrenalina e de amor por um desporto noutro lado que não seja o desporto automóvel. É difícil de descrever, é ter a sensação de que se é um só com o carro; nada mais importa. Quando se faz a volta perfeita, é mágico.

 

Começou quando tinha 7 anos e agora acabou de fazer 23. Como foi a viagem para chegar a este ponto?

Passei seis anos a aprender diferentes disciplinas, ganhei alguns campeonatos e também consegui competir em Itália com go-karts. Depois disso, a minha família concentrou-se na carreira da Magda, e chegou a minha vez assim que fiz 18 anos. Comecei em rallycross, seguindo as pisadas dos meus pais e da minha irmã. Estava tão interessada em voltar ao automobilismo! A minha primeira experiência foi no Junior Swedish rallycross Championship, onde fiquei em segundo lugar. Depois passei para Sénior e ganhei o Campeonato nesse ano. Foi quando a minha carreira internacional começou e isso abriu-me muitas portas. Por vezes é preciso estar no lugar certo na altura certa, e atuar, estar no topo do jogo, porque não se tem muitas oportunidades neste desporto.

 

E a sua grande oportunidade veio com o Extreme E.

Isso mesmo! Na época passada entrei como piloto substituto e tudo aconteceu tão depressa que ainda não consigo acreditar. O fim-de-semana no Chile foi uma montanha-russa emocionante. Ligaram-me numa sexta-feira à noite e disseram-me que eu era urgentemente necessária na sede da ABT CUPRA XE. E quando lá cheguei disseram-me basicamente que estaria a conduzir pela equipa e que iria diretamente para o Q1, sem ter conduzido o carro durante mais do que uma volta de teste. Eu estava numa pilha de nervos, mas sentia-me realmente apoiada por todos. Fui apresentada à equipa e fiquei entusiasmada por pensar que ia correr ao lado de Nasser Al-Attiyah, alguém que admirei toda a minha vida.

 

Os dois terminaram em terceiro, um feito e tanto. Mas o grande salto veio no Uruguai.

Penso que foi o melhor dia da minha vida. Lutámos tanto nesse fim-de-semana e estar finalmente no topo do pódio foi um momento mágico. Nessa altura já tinha tido mais tempo para me preparar com o carro e os meus companheiros de equipa, e estou muito orgulhosa de como tudo se resolveu. Por isso, estou muito feliz por poder participar nesta temporada como piloto oficial e continuar a experienciar a emoção do Extreme E com a ABT CUPRA XE. É simplesmente um sonho tornado realidade.

 

O Extreme E tem um forte compromisso com a sustentabilidade, paridade e eletrificação. O que significam para si estes valores?

Identifico-me plenamente com eles, e tento sempre tê-los em mente mesmo fora das corridas, na minha vida quotidiana. Por exemplo, em termos de eletrificação, estamos a dar os nossos primeiros passos no caminho para um futuro elétrico, e o Extreme E é um exemplo de como o desporto motorizado elétrico mantém a emoção. Mas o que poucas pessoas sabem é que quando saio do Tavascan XE, vou para o meu CUPRA BORN. Já o conduzo há mais de meio ano; é o meu primeiro carro elétrico e apaixonei-me por ele desde o momento em que o vi. Adoro que tenha atributos de corrida: é rápido, tem um binário intenso e tudo o resto. Sim, é o meu bebé.

 

Voltando ao Extreme E, qual é o seu objetivo para a época?

Neste momento estamos prontos para o primeiro evento no Desert X-Prix, na Arábia Saudita, nos dias 11 e 12 de março. Estou ansiosa por correr de novo! O Nasser e eu já demonstrámos que fazemos uma grande equipa, somos fortes. Não há dúvida de que há alguns pilotos impressionantes na grelha, mas eu acredito em nós. Vamos fazer corrida por corrida e entregar 100% com o mesmo espírito que no Uruguai. Vamos continuar a avançar e a melhorar para conseguir o máximo de pontos possível e voltar ao pódio. Vamos lutar pelo título!